Presente na memória afetiva de muitos consumidores, a Nokia já foi a líder em vendas de telefones celulares no Brasil e no mundo. Eles estavam distantes do mercado brasileiro desde 2014, mas, para quem pedia sua volta, a espera chegou ao fim: os celulares da marca, um orgulho da Finlândia, acabam de reaparecer no país.
As vendas de aparelhos da Nokia no Brasil recomeçaram no último domingo (3/5), por meio de uma parceria com a varejista Multilaser, especializada em eletroeletrônicos. A reestreia foi com o modelo Nokia 2.3, aparelho de entrada de seu portfólio. Equipado com o sistema operacional Android, ele custa R$ 899.
O retorno da marca ao mercado brasileiro passou a ser considerado uma questão de poucas semanas no início do mês passado. No dia 9 de abril, o aparelho escolhido para o retorno recebeu sinal verde do Sistema de Certificação e Homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), etapa necessária para que um celular possa ser comercializado no país.
A razão do afeto
Ao longo dos anos, os celulares da Nokia construíram a fama de resistentes, mas a relação afetiva de muitos consumidores com a marca tem ainda outras razões. Ela foi uma das pioneiras do início da massificação da telefonia móvel no país, ainda no fim dos anos 90. Isso significa que o primeiro aparelho celular de muitos brasileiros foi da finlandesa.
Por mais de uma década, entre 1998 e 2011, a Nokia liderou o mercado de telefones móveis no mundo – em 2008, ela respondeu por quase 40% das vendas globais. A companhia, que tem na infraestrutura de telefonia um de seus principais negócios na atualidade, perdeu espaço com a chegada dos smartphones. Em 2010, ela vendeu sua divisão de telefonia móvel para a Microsoft por US$ 7 bilhões.
No entanto, hoje, os celulares da marca são um negócio encabeçado novamente por finlandeses. Ex-executivos da própria Nokia fecharam em 2016 um acordo de licenciamento para explorar a marca no mercado de telefonia móvel. A HMD Global, empresa responsável pelo licenciamento, está sediada em Espoo, cidade da região metropolitana de Helsinque onde também fica a sede global da Nokia.